terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Exportações de cooperativas batem recorde em janeiro

Principal produto agrícola vendido foi o café em grãos, com montante de US$ 71,7 milhões

por Globo Rural On-line
 
 
As importações foram conduzidas em 16 portos, aeroportos e rodovias.
 
Divulgação/Porto de Santos/Sérgio FurtadoAs exportações das cooperativas brasileiras apresentaram crescimento de 21% em janeiro de 2012, quando comparadas ao mesmo período do ano passado. No primeiro mês do ano, foram exportados US$ 352,9 milhões. Este foi o melhor resultado alcançado desde a série em 2006. Historicamente, a balança comercial das cooperativas apresenta saldo positivo e alcançou US$ 329,9 milhões em janeiro, resultado também recorde para o período. Hoje, 93 países importam produtos de cooperativas brasileiras. Em janeiro passado, eram 11 destinos a menos. O levantamento das operações de exportação e importação das cooperativas brasileiras é elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

O Paraná foi o estado com maior valor de exportações em janeiro, com US$ 116,6 milhões, o que representa 33% do total deste segmento. Em seguida aparece Minas Gerais, com US$ 82,4 milhões; São Paulo, US$ 63,6 milhões; Santa Catarina, US$ 29,8 milhões; e Rio Grande do Sul, US$ 26,5 milhões. Mato Grosso do Sul foi o estado que apresentou o maior crescimento no período comparativo, seguido por Mato Grosso, Tocantins, Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná.

Os mercados de destino que mais se destacam nas exportações são os Estados Unidos, a Alemanha e o Reino Unido. Os que tiveram maiores crescimentos relativos no período considerado foram México, Iêmen e Colômbia.

Em janeiro de 2012, sete estados brasileiros realizaram importações por meio de cooperativas. O Paraná foi o estado que importou o maior montante (US$ 9,1 milhões), com 39,7% do total deste segmento. As importações foram conduzidas em 16 portos, aeroportos e rodovias. O porto de Paranaguá foi o que movimentou o maior valor (US$ 13,8 milhões), com o equivalente a 60% do total das importações do segmento.
Agronegócio
Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas destacam-se os do agronegócio. O mais vendido foi o café e representou 20,3% do total exportado, com montante de US$ 71,7 milhões. O farelo de soja movimentou 60,1 milhões (17%). Em seguida aparecem: açúcar refinado, pedaços e miudezas comestíveis de frango e etanol

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Capacitarh 2012 discute as responsabilidades do RH como parceiro estratégico de negócios

Ao colocar o RH no centro das decisões, aumentam as responsabilidades sobre o departamento, e estas novas atribuições serão debatidas e analisadas durante a segunda edição do Capacitarh - Fórum de Capacitação, Gestão de Pessoas e Estratégias Empresariais, que a IBC vai promover em São Paulo, entre os dias 17 e 19 de abril. Esta nova postura do RH inclui a participação efetiva e estratégica no desenvolvimento de lideranças.

Na abertura do encontro, um painel avaliará a mudança da função tradicional do gestor de RH, que passa a ser um parceiro estratégico de negócios. Para este debate a IBC convidou a vice-presidente da ABRH, Elaine Saad, a gerente de RH da CSI Clousure Systems no Brasil, Aline Violini, o diretor de RH da MetLife, Jair Pianucci, e o superintendente de RH do BNDES, Paulo Faveret.

Logo depois, o debate se concentrará na formação e capacitação das lideranças, cada vez mais pressionadas pela velocidade dos negócios. Participam da discussão o CEO da Lafis, Alex Leite, o diretor executivo da Bradesco Seguros e Previdência, Eugênio Velasques, a diretora de RH da Alcoa para a América Latina e Caribe, Vânia Akabane, e o Human Resources Corporate Planning da Toyota, Marcos Minoru Nakatsugawa, que também é presidente do CEAP-RH.

A manhã do dia 18 terá ainda uma palestra especial da vice-presidente de RH para a América Latina da Siemens Enterprise Communications, Malena Martelli. Ela compartilhará com o público suas experiências com programas de liderança, estratégias de crescimento da empresa e da gestão de pessoas.

No dia 19, outro painel reunirá profissionais de grandes empresas para mostrar como o RH das corporações está se preparando para lidar com o desafio da inovação. A sessão terá participações da diretora executiva de RH do IBOPE, Amélia Caetano, do diretor de RH da Vale Fertilizantes, Djalma Barbosa, da vice-presidente de RH para a América Latina da Schneider Electric, Rosana Martins, e do vice-presidente de RH da Basf, Wagner Brunini, entre outros.

Ao longo dos 3 dias do encontro, estão programadas sessões simultâneas e painéis de debates que reunirão os profissionais para compartilhar conhecimentos sobre temas como engajamento, planejamento estratégico, desenvolvimento de líderes e retenção de talentos. Ao todo, serão mais de 50 palestrantes em 3 dias de intenso networking e troca de experiências.

A 2ª. edição do Capacitarh - Fórum de Capacitação, Gestão de Pessoas e Estratégias Empresariais é uma iniciativa da IBC, com o patrocínio da LG Sistemas, Accenture, MindQuest, Senac São Paulo, Fundação Vanzolini, AchieveGlobal e Santa Gente. As informações estão no site www.capacitarh-ibc.com.br e na central de atendimento, pelo telefone 11-3017-6808.

AGENDA:

2º. Capacitarh - Fórum de Capacitação, Gestão de Pessoas e Estratégias Empresariais
Data: 17 a 19 de abril de 2012.
Local: AMCHAM Business Center, Rua da Paz, 1431, São Paulo, SP
Organização: IBC, empresa do Informa Group
Informações: 11-3017-6808 ou imprensa@informagroup.com.br
http://www.capacitarh-ibc.com.br/

Por Revista INCorporativa

Inovação tecnológica otimiza os pequenos negócios

Essa é a proposta do programa SebraeTec, cujas consultorias ampliam competitividade dos negócios através de subsídios na área de tecnologia

Com a intenção de melhorar a competitividade de uma empresa, o Sebrae disponibiliza para os empreendedores uma ferramenta na área de inovação tecnológica. Trata-se do SebraeTec, um programa que ajudam os empresários que estão no mercado a aperfeiçoar as atividades, utilizando das soluções de inovação e tecnologia.

O Sebrae oferece uma consultoria, onde se faz um diagnóstico na empresa e a partir disso é feito proposta de trabalho voltada para melhoria de produtos e processos na otimização dos negócios”, afirma o analista técnico do Sebrae em Mossoró, Robson Matos. Segundo o executivo, o programa é um instrumento que permite às micro e pequenas empresas (MPE) acessar os conhecimentos de inovação e tecnologia, por meio de subsídio aos custos dos serviços de consultoria e capacitação tecnológica. O que permite a criação de registro de uma marca, um design de um site, licenciamento ambiental, certificação, melhoria da produtividade, programa de alimentos seguros, tecnologia da informação e automação comercial.

São ferramentas como essas que contribuem para o aumento da receita, como também na redução dos custos de uma empresa, visando um melhor desenvolvimento no mercado. Isso implica em na melhoria da qualidade dos produtos e agilidade no atendimento, o que leva a um aprimoramento dos processos na obtenção de um resultado satisfatório nos negócios.

Os empreendedores interessados nessa solução devem procurar o Sebrae para agendar um atendimento específico e assim ter uma avaliação da situação de sua empresa. “O atendimento tanto pode ser individual quanto coletivo, com várias empresas, como já tem sido feito em alguns setores atendidos”, ressalta Robson Matos.
 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Natal será a sexta cidade a receber a Feira do Empreendedor

Pautada na sustentabilidade, a Feira do Empreendedor no Rio Grande do Norte será realizada em agosto e abordará o empreendedorismo com ênfase na economia verde.

Cleonildo Mello

    Canindé Soares
O setor de franquias será um dos destaques da Feira do Empreendedor em Natal (RN)
Idealizada pelo Sebrae para apresentar oportunidades de negócios, produtos e serviços a donos de micro e pequenas empresas, a Feira do Empreendedor contemplará 14 cidades brasileiras nesse circuito 2012. No Rio Grande do Norte, o evento será realizado novamente em Natal entre os dias 01 e 4 de agosto, no Centro de Convenções da capital potiguar, sendo a sexta cidade dentro do calendário nacional a montar a feira. O ciclo começa em março pela capital mineira e se encerra em Porto Alegre (RS), em setembro.

Além de capacitações e orientações, a feira dá oportunidade para formalização e aproximação de candidatos a empresários e empresas já existentes dos produtos e serviços do Sebrae. No local do evento, realizam-se palestras, consultorias, seminários, cursos, rodadas de negócios e exposições em estandes.

No Rio Grande do Norte, a estrutura será montada de acordo com a vocação e o perfil socioeconômico do estado, considerando as atuais demandas, o público-alvo, os setores da economia em evidência e as tendências de negócios. Segundo a coordenadora geral da Feira do Empreeendedor no Rio Grande do Norte, Adriana Bezerra, o tema sustentabilidade volta a ser trabalhado. Além disso, a Feira dará ênfase ao setor de franquias, mostrando as facilidades e viabilidade de se adotar esse modelo de negócio. 

O programa Sebrae 2014 e as novas possibilidades de investimento na economia potiguar também terão destaque. No que se refere à palestras técnicas, a programação ainda não está totalmente fechada, no entanto, vai abordar temas como empreendedorismo de uma forma geral e, principalmente, economia verde.

O evento acontece de dois em dois anos, sendo projetado de acordo com a cultura e a dinâmica econômica de cada local. A Feira do Empreendedor funciona como uma vitrine para conhecimento de novas tecnologias e teste de produtos e serviços. Serve também à prospecção de novos clientes, facilita a troca de informações e experiências entre empreendedores e aproxima potenciais parceiros. 

Fonte: Sebrae - RN

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sebrae lança seminário Empretec na cidade de Baraúna

O seminário será apresentado com uma palestra sobre empreendedorismo e conta com a parceria da prefeitura e da CDL de Baraúna

   Reprodução
O seminário desperta características empreendedoras dos participantes
    
MOSSORÓ - Para despertar as características empreendedoras de proprietários de negócios de pequeno porte no interior do Estado, o Sebrae no Rio Grande do Norte realiza o Empretec, seminário desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU), no município de Baraúna. O evento de lançamento do Empretec será no dia 29 de fevereiro, às 19h, na Câmara de Vereadores da cidade. A prefeitura local e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) são parceiras nessa iniciativa.

A primeira turma terá a oportunidade de assistir a palestra “Empreendedor – existe receita para o sucesso?”, ministrada por Anderson Mauro Cunha de Azevedo, empresário e consultor das Nações Unidas para o programa Empretec.

O objetivo do seminário é estimular e desenvolver as características individuais do empreendedor para que, dessa forma, possa gerar competitividade e permanecer no mercado. O Sebrae está convidando os empresários e pessoas que pretendem abrir negócios na cidade, através de visitas nas empresas essa semana, onde apresenta o curso que é voltado para empreendedores e potenciais empreendedores.

A escolha da cidade para receber o treinamento teve como um dos critérios o crescimento econômico local. “O município de Baraúna vem mostrando nos últimos anos um desenvolvimento bastante significativo, principalmente com a chegada de novas indústrias, como a de cimento, e buscamos oferecer o curso onde sentimos a necessidade de levar qualificação a empreendedores com potencial de crescimento”, argumenta a coordenadora do setor de treinamento do escritório regional do Sebrae no Oeste, Agêlda Feitosa.

O Empretec em Baraúna será realizado durante seis dias, no período de 19 a 24 de março. Os interessados devem procurar a CDL de Baraúna ou o escritório regional do Sebrae no Oeste, em Mossoró, através dos telefones: (84) 3317-8814 ou 3320-2485. 

Fonte: Sebrae - RN

IAGRAM vai concorrer como Incubadora Madrinha no CERNE

As incubadoras de empresas IAGRAM e INEAGRO, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, e a CITECS, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, estão preparando projeto para concorrer ao Edital CERNE – Centro de Referência para Apoio e Novos Empreendimentos, do SEBRAE/ANPROTEC. O Edital visa dar apoio às incubadoras para se adequarem às normas do modelo CERNE.
O Edital prevê recursos para dois tipos de incubadoras, as incubadoras madrinhas e incubadoras afiliadas. A IAGRAM pelo trabalho que desenvolve caracteriza-se como incubadora madrinha e poderá captar recursos na ordem de R$ 300 mil para serem investidos em capacitações para as empresas incubadas. “Conjuntamente, estamos elaborando mais esse projeto que trará inúmeros benefícios para os nossos incubados e ao mesmo tempo contribuindo para o desenvolvimento da região”, afirma Giorgio Mendes, coordenador da IAGRAM.
O modelo de gestão CERNE – Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos – objetiva criar uma plataforma de soluções, de forma a ampliar a capacidade da incubadora em gerar, sistematicamente, empreendimentos inovadores bem sucedidos. Com isso, cria-se uma base de referência para que as incubadoras de diferentes áreas e portes possam reduzir o nível de variabilidade na obtenção de sucesso das empresas apoiadas.
O desenvolvimento do modelo CERNE é resultado do esforço empreendido pelo Sistema Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas empresas – SEBRAE e Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores – ANPROTEC em resposta à crescente necessidade do movimento de incubação em ampliar qualitativamente e quantitativamente seus resultados, de forma a ampliar seus resultados para a sociedade.
EDITAL – Para participar do Edital as incubadores madrinhas devem estar há pelo menos cinco anos no mercado, ter no mínimo 10 empresas incubadas e terem graduado pelo menos cinco empresas. “A IAGRAM se enquadra nesses itens daí estarmos otimistas para vencer o Edital”, diz Giorgio. O projeto tem prazo de dois anos para execução com a contratação no dia 29 de junho. A inscrição prossegue até o dia 16 de março e o resultado previsto para o dia 13 de abril.
O projeto da IAGRAM vai contemplar a capacitação dos incubados em cinco áreas: pessoal, tecnológica, financeira, mercado e gestão, totalizando 25 cursos de qualificações. “Essa integração do setor produtivo com a academia é de grande importância para o desenvolvimento da região”, declarou o consultor credenciado do SEBRAE/RN, Walter Leite.
Para Walter, a IAGRAM/UFERSA cumprem o seu papel de promover a extensão universitária ao desenvolver ações voltadas para a sociedade. “É uma iniciativa, no ramo das incubadoras, que poderá servir de modelo a nível nacional”, acredita o consultor, que ressaltou também o respaldo do SEBRAE/RN nessa iniciativa.

Fonte: Portal UFERSA

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Compre Soluções e não Problemas


Neste artigo você acompanhará um breve roteiro com sugestões para evitar dissabores na contratação de serviços de terceiros.

Por Tom Coelho

Anos atrás estive fazendo um estudo de viabilidade econômica para uma empresa com mais de vinte anos de mercado e que se encontrava em sérias dificuldades: títulos protestados, salários atrasados e dezenas de clientes com seus pedidos não entregues, embora tivessem pago parcial ou integralmente pela mercadoria.
 
O mais incrível era que novos consumidores continuavam comprando, fosse pela suposta credibilidade transmitida pelos “20 anos de tradição”, fosse pelo preço menor face à concorrência (talvez graças ao não registro de funcionários e à sonegação de impostos, entre outros), fosse pela habilidade do vendedor.
 
Ao longo dos anos tenho acompanhado empresas que nascem e prosperam, e outras que abrem concordata e quebram. E invariavelmente o modelo de gestão adotado é fator preponderante. Porém, entre o sucesso e o fracasso está sempre o consumidor.
 
Qualquer teoria só é boa se nos servirmos dela para ultrapassá-la. Assim, considere os tópicos a seguir em suas próximas compras. E tenha sempre certeza de suas dúvidas.
 
1. Pesquise o CNPJ da empresa. Um fornecedor que apresente protestos e cheques sem fundos deve ser descartado. Suas dificuldades financeiras serão retratadas depois na qualidade do produto e no prazo de entrega. O único tipo de restrição aceitável, desde que com justificativas, são ações executivas oriundas de discussões com o governo devido às inconstitucionalidades de muitos impostos cobrados.
 
2. Visite a empresa. Antes de fechar um negócio, conheça de perto quem você está contratando. Uma visita às instalações da empresa pode indicar como é seu fluxo de produção, como estão seus estoques, qual seu grau de organização. É comum fornecedores se apresentarem como companhias bem estruturadas sendo, entretanto, meros terceirizadores de serviço, subempreitando o trabalho a outras empresas. Nestes casos, você nunca terá a garantia plena do que está comprando.
 
3. Faça contratos formais. Os contratos devem conter as especificações técnicas do que se está adquirindo, preços acordados, prazos de início e de entrega, condições de pagamento e reajustamento, prazos de garantia, cláusulas de rescisão e cessão de direitos. Não se esqueça de exigir, ainda, os dados do responsável pela empresa, incluindo CPF e RG, para o caso de haver uma discussão judicial.
 
4. Equalize as propostas. Assim como um apartamento no 1º andar é mais barato do que um similar no 9º andar; produtos e serviços também apresentam suas peculiaridades. Procure uniformizar as propostas, cotando junto aos diversos fornecedores os mesmo materiais, com as mesmas dimensões/quantidades. Peça certificados de procedência para evitar material reciclado e/ou refugado.
 
5. Exija referências. Você não precisa ser cobaia de um fornecedor, inaugurando sua carteira de clientes. Se a empresa executou bons trabalhos, que os mostre!
 
6. Não se impressione com o tempo de fundação da empresa. Uma companhia com muitos anos de mercado não é garantia de nada. Se por um lado ela denota estabilidade, por outro pode estar defasada tecnológica e administrativamente.
 
7. Negocie as condições de pagamento. Procure adequar a compra ao seu fluxo de caixa, conciliando as obrigações que estão sendo assumidas com a data provável de seus recebimentos. Além disso, uma empresa que não necessite de sinal à vista, demonstra maior capacidade financeira.
 
8. Priorize empresas socialmente responsáveis. Sob condições comerciais equivalentes, valorize a companhia que apresente projetos de engajamento social, notadamente aquelas diplomadas como Empresas Amigas da Criança ou vinculadas a instituições que incentivam práticas comerciais éticas. Não lhe custará nada a mais, mas premiará um esforço voltado à cidadania.
 
Como disse Molière: “É longo o caminho do projeto à coisa”. Por isso, a sabedoria dos projetos consiste em prevenir as dificuldades da execução. Faça-o e fique tranqüilo. Compre soluções e não problemas.


* Tom Coelho, com formação em Economia pela FEA/USP, Publicidade pela ESPM/SP, especialização em Marketing pela MMS/SP e em Qualidade de Vida no Trabalho pela FIA-FEA/USP, é empresário, consultor, professor universitário, escritor e palestrante. Diretor da Infinity Consulting e Diretor Estadual do NJE/Ciesp. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Plano de Marketing gratuito para sua empresa

Objetivo principal do Click Marketing é contribuir diretamente para a redução das principais causas de insucesso das micro e pequenas empresas 

Os empreendedores de todo o Brasil dispõem de uma excelente ferramenta para elaborar um plano de marketing da empresa. Trata-se do Click Marketing, que é on line e gratuito. O software foi desenvolvido pelo SEBRAE para que a empresa faça seu planejamento a curto, médio e longo prazo, de acordo com o seu objetivo de cada uma. O endereço é www.clickmarketing.sebrae.com.br
 
A ferramenta é auto-explicativa e tem como estrutura todo o composto de um plano estratégico de marketing. Segundo Carlos Jorge Gomes Silva, gerente da Unidade de Atendimento Individual do SEBRAE/PI, são várias as vantagens de elaboração do Plano de Marketing através do Click Marketing. “Sem custo e ainda com o acompanhamento de um tutor, na fase elaboração, o empresário, de onde estiver, via Internet, poderá acessar o seu plano”, afirma.

O gerente diz que o objetivo principal do Click Marketing é contribuir diretamente para a redução das principais causas de insucesso das micro e pequenas empresas e desenvolver e disseminar a competência de planejamento. O público-alvo do Click Marketing são empreendedores de micro e pequenas empresas que desejam aprimorar seu negócio por meio de um planejamento monitorado. Ele reforça que consultores e parceiros do SEBRAE também podem usar este plano como base de seu trabalho.

O Click Marketing ajuda os empresários a entender e definir seu público alvo; elaborar um quadro comparativo da concorrência; identificar os pontos fortes e fracos de sua empresa; observar as oportunidades de mercado e possíveis ameaças; definir estratégias para conquista de clientes e a estabelecer metas e objetivos a ser atingidos. Carlos Jorge alerta que só podem acessar o Click Marketing pessoas jurídicas, pois no preenchimento do formulário será necessário o CNPJ da empresa com acréscimo dos dados pessoais.

O gerente acrescenta que o Click Marketing possui ícones de preenchimento de todo o escopo de um plano de marketing; tem exemplos e dicas de estratégias e de preenchimento para cada ícone; fica disponível para edição o tempo desejado; e o plano preenchido estará disponível a qualquer momento para download em PDF ou WORD e os dados preenchidos serão de total sigilo.

Fonte:Revista Incorporativa


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Desafios ao Agronegócio

O gargalo do crescimento brasileiro chama-se infra-estrutura. A este, somam-se entraves de ordem institucional. Conheça aqui uma proposta de agenda mínima para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.

Por Tom Coelho

O Brasil é o terceiro maior exportador agrícola do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da União Européia. E o setor primário é responsável por 34% de nosso PIB, 37% dos empregos gerados e nada menos que 85% do superávit da balança comercial obtido em 2005, sem o qual o desequilíbrio nas contas nacionais teria levado ao colapso da política econômica do governo.
 
Todavia, por opção, miopia ou ambos, as políticas públicas parecem desconsiderar esta importância do agronegócio. Relevam a um segundo plano o setor primário de nossa Economia, como que dando as costas para uma tradição e, mais do que isso, uma vocação agrícola que acompanha nossa história.
 
O consumo mundial de carne bovina é crescente e os rebanhos vêm se reduzindo gradualmente, elevando os preços internacionais. Por isso, a participação brasileira nas exportações mundiais mais que triplicou em apenas dez anos: de 6,7% em 1994 para 21,4% em 2004. Doenças como a gripe aviária e a vaca louca atingiram países asiáticos e europeus, permitindo este crescimento, interrompido apenas com o foco de febre aftosa ocorrido no Mato Grosso do Sul em fins do ano passado e que gerou embargos à carne bovina brasileira.
 
Ainda assim, no que tange a frangos, suínos e bovinos, o Brasil é referência em qualidade. A pecuária tem sido tecnificada, utilizando mais animais por hectare. E o custo do hectare de terra no Brasil é inferior a 10% do valor norte-americano.
 
Com relação a grãos, a redução de subsídios agrícolas na Europa e nos EUA por força das negociações travadas na OMC (Organização Mundial do Comércio), associada à saturação de novas terras disponíveis nestes lugares, colocaram o Brasil em posição privilegiada, elevando nossa participação no comércio global.
Condições climáticas favoráveis e novas técnicas de plantio propiciaram-nos a criação de uma base exportadora de frutas de clima tropical e temperado.
 
Porém, transcorremos o ano de 2005 migrando da euforia à apreensão. Da estiagem registrada no Sul do país ao surto de aftosa, passando pela superprodução de soja norte-americana, nada abalou mais o desenvolvimento do agronegócio do que a queda na taxa de câmbio. Com muitos insumos (defensivos e fertilizantes) adquiridos no início do ciclo produtivo com dólar sobrevalorizado, a comercialização da produção na baixa cambial acarretou uma terrível queda na renda do produtor. As conseqüências serão sentidas na próxima safra: redução da área plantada, abrindo espaço para concorrentes como a Argentina; diminuição dos estoques, causando pressão sobre a inflação; menor investimento em implementos, fragilizando a qualidade da colheita.

O gargalo do crescimento brasileiro chama-se infra-estrutura. A este, somam-se entraves de ordem institucional. Uma agenda mínima capaz de contemplar estas questões deve considerar os seguintes aspectos:
 
1. Transporte: nossa produção é escoada através de estradas esburacadas – quando há estradas – e mediante uma frota antiga. Na década de setenta o governo investia 1,8% do PIB em estradas; hoje, apenas 0,1%. Na Argentina, a opção também é pelo transporte rodoviário, porém as distâncias percorridas são muito menores. Os EUA utilizam o transporte hídrico em larga escala, com custos até 80% menores. O Brasil escoa apenas 5% de sua produção de soja por hidrovias. Basta olhar para o mapa hidrográfico brasileiro para enxergar a grande oportunidade que temos em nossas mãos. Além disso, faltam também investimentos em ferrovias, que poderiam integrar especialmente o Centro-Oeste à rede portuária. Nossa malha ferroviária é de apenas 30 mil quilômetros de extensão, a mesma de oitenta anos atrás.
 
2. Portos: pouco eficientes e sobrecarregados, apresentam custos operacionais elevados que comprometem a competitividade de nossas commodities. As taxas portuárias, por exemplo, representam de 1% a 1,5% do valor da carga na Argentina e nos EUA. Por aqui, chegam ao patamar de 5%.
 
3. Armazéns: a seca ocorrida ano passado na região Sul, a pior em quarenta anos, que provocou uma queda de 75% da safra de soja, adiou um problema iminente representado pela estocagem de grãos. Nos últimos cinco anos a produção brasileira saltou cerca de 50% enquanto a capacidade de armazenagem cresceu apenas 5,7%. Segundo a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) temos um déficit de capacidade de armazenagem da ordem de 35 milhões de toneladas. Isso provoca congestionamento nos portos, elevação do preço dos fretes e até perda de parte da produção.
 
4. Crédito Rural: a política de crédito precisa ser revista e ampliada em especial aos pequenos produtores. Pesquisa elaborada pelo professor Guilherme Leite da Silva Dias, da Universidade de São Paulo, comprova que 15% dos tomadores de recursos, os grandes agricultores, respondem por 85% da inadimplência na carteira de crédito. E são estes agricultores que, respaldados por sua força política orquestrada pela bancada da UDR no Congresso, atrasam seus pagamentos mesmo em períodos de bonança no campo, como estratégia de dependência sistemática do setor público.
 
5. Seguro Rural: variações climáticas e oscilação nos preços internacionais são riscos inerentes ao agronegócio, mas que podem e precisam ser gerenciados através de mecanismos de salvaguarda. O seguro rural é um instrumento praticamente inexistente neste país. E, propriamente por não ser difundido, apresenta custos proibitivos para contratação, desestimulando companhias seguradoras e contratantes. A exemplo do que o governo federal fez com o sistema bancário, o setor primário necessita de um fundo garantidor para custear crises causadas por estiagens, problemas fito-sanitários ou redução abrupta dos preços decorrentes de variações cambiais expressivas ou oscilações dos preços no mercado externo. Um funding auto-sustentável alimentado por um percentual dos prêmios de seguro, do crédito rural e dos lotes comercializados funcionaria como hedge.
 
6. Recursos Públicos: o orçamento deve prever recursos para defesa sanitária, custeio e comercialização da produção. Mas o sistema de contingenciamento precisa ser aprimorado. É lamentável observar a retenção dos já escassos recursos previstos na dotação orçamentária da União por força da burocracia institucional que impõe como regra para a efetivação dos repasses que o Estado beneficiado esteja adimplente com o governo federal.
 
7. Questões Fundiárias: há cartórios pelo interior do país que fazem registro de terra a mão, sem qualquer precisão geográfica. Além disso, o direito de propriedade deve ser respeitado, o que significa equacionar a questão do Movimento dos Sem Terra e buscar uma atuação sinérgica do INCRA, no que tange à demarcação de terras indígenas.
 
8. Rastreabilidade e Certificação: numa nação com dimensões continentais, torna-se imprescindível adotar medidas como a regionalização, proibindo o trânsito de animais vivos de uma região para outra, possibilitando conter o foco de eventuais doenças identificadas. A emissão de certificados de origem também permitiria monitorar e elevar a qualidade dos bens transacionados.
 
9. Biotecnologia e Agroenergia: o investimento em pesquisa e desenvolvimento deve ser estimulado, tendo a inovação tecnológica como meta. O Brasil está diante da oportunidade ímpar de liderar em posição de vanguarda a geração de fontes energéticas renováveis, avançando além do álcool combustível.
 
10. Cooperativismo e Associativismo: são instrumentos capazes de impulsionar a atividade agropecuária, fortalecendo os pequenos produtores e criadores, auxiliando-os na redução de custos, no aumento da produtividade, no custeio através das cooperativas de crédito, no desenvolvimento tecnológico, na difusão de práticas de gestão e na obtenção de melhores preços na comercialização, elevando consequentemente a renda no campo.
 
Os desafios são tão amplos quanto as oportunidades. Enfrentar os desafios e aceitar as oportunidades pode ser o caminho mais breve para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro, selando nossa condição de grande celeiro do mundo.
 
 (Artigo publicado originalmente na revista Visão da Agroindústria.)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Melhoria das exportações requer realização de reformas estruturais, avalia AEB

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Brasil precisa realizar sem demora as reformas estruturais se quiser conquistar melhores posições no cenário exportador mundial, diz o estudo Radiografia do Comércio Exterior Brasileiro, divulgado no Rio pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

As exportações brasileiras por fator agregado em toneladas tiveram expansão significativa a partir de 1995, passando de 201 milhões de toneladas para 544 milhões, no ano passado. Desse total,  447 milhões de toneladas se referiram à exportação de produtos básicos, 45 milhões a produtos semimanufaturados e 46 milhões a produtos manufaturados.

O problema é que as vendas de commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional) respondem por mais de 80% dos volumes embarcados pelo país, em tonelagem. “Eu até brinco que o Brasil é um país exportador de peso. Com duplo sentido: peso, em termos de quantidade, e peso em importância. Porque 80% das nossas exportações, em peso, são commodities, disse à Agência Brasil o presidente em exercício da AEB, José Augusto de Castro. Em valor, as commodities representam 70% do total vendido.

“Por isso é que a gente diz que deveríamos ter uma excelente infraestrutura portuária, porque tudo isso é exportado por via marítima. Dá mais de 90%”, disse Castro.Como a logística de transporte do comércio exterior passa pelos portos, ele lembrou  que em “um porto ruim, o custo da logística é alto”. Esse fator tira a competitividade do produto nacional.

Segundo o presidente da AEB, significa que o Brasil pode ser considerado um “exportador de empregos”. Isso ocorre, acrescentou, porque “vendemos a matéria-prima para a China, que transforma essa matéria-prima  e vende o produto manufaturado para o mundo. E,  eventualmente, para o próprio Brasil. Só que os empregos são gerados lá”. Ele estimou que a tendência deve se manter. “Porque as reformas que têm de ser feitas não entram em vigor imediatamente. E elas não foram nem iniciadas”. Castro acredita que pelo menos nos próximos cinco anos, o cenário não deve se alterar.

O estudo revela ainda que no período 2000-2011, as quantidades exportadas pelo Brasil de produtos básicos cresceram 133%, enquanto as de produtos manufaturados e de semimanufaturados evoluíram, respectivamente,  84% e 104%. A análise das quantidades exportadas por fator agregado em 2011, em comparação ao ano anterior, mostra crescimento de 5,4% nos produtos básicos, “graças ao minério de ferro”, e de  4,6% nos semimanufaturados, “amparados nos produtos de ferro e aço”. Os produtos manufaturados caíram 2,1%, em razão da diminuição dos embarques de açúcar refinado, de acordo com a AEB.