sexta-feira, 21 de junho de 2013



 

Cresce otimismo entre as micro e pequenas empresas

Os donos dos pequenos negócios estão mais confiantes nos rumos da economia. Esse otimismo é comprovado pelo último resultado do Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN), estudo realizado mensalmente pelo Sebrae.

Em maio deste ano, segundo a pesquisa, o ICPN fechou em 116, um crescimento de 3,6% quando comparado ao índice de 112 registrado no mesmo período em 2012.

“O recorde no volume de crédito e o aumento na renda média dos trabalhadores tiveram um papel fundamental para esse crescimento da confiança dos donos dos pequenos negócios”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Os microempreendedores individuais (MEI) - aqueles com faturamento de até R$ 60 mil por ano e com no máximo um empregado - e o setor da construção são os mais confiantes nesse crescimento econômico. Eles apresentaram, respectivamente, um ICPN de 118 e 120. Quando analisado o resultado por região, o empresariado de estados do Norte foram os que demonstraram maior otimismo em maio.
 
O mais recente Índice de Confiança dos Pequenos Negócios também aponta uma expansão do faturamento e das contratações pelas micro e pequenas empresas. De acordo com a pesquisa do Sebrae, o nível de atividade dos pequenos negócios teve um aumento de 19% se comparado com janeiro deste ano e de 10% se comparado com abril do ano passado.

Para os próximos meses, a expectativa de 91% dos entrevistados é de aumento ou estabilidade do faturamento. Os setores que se mostraram mais confiantes foram os de Comércio e Serviços e as regiões onde maior número de micro e pequenas empresas espera ampliar seus negócios foram Nordeste e Sul.


 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Classe C é a que mais empreende no Brasil

Estudo do Sebrae mostra o peso do empreendedorismo como ferramenta de inclusão econômica e social

Da Agência Sebrae de Notícias
 Shutterstock
Metade dos empreendedores brasileiros está concentrada na Classe C. Pesquisa doSebrae revela que 55,2% estão nessa classe socioeconômica, enquanto 37,5% são das classes A e B e apenas 7,3% dos que empreendem pertencem às classes D e E. Os dados compõem o estudo"Empreendedorismo e a nova Classe Média", encomendado ao instituto Data Popular. “Na média mundial, os empreendedores estão concentrados em faixas de renda mais altas. Isso mostra que, no Brasil, o empreendedorismo é fator de inclusão social”, destaca o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto. 

A pesquisa aponta ainda que 54% dos empreendedores que iniciam um negócio ganham até três salários mínimos. No caso das empresas já estabelecidas, essa mesma faixa de renda reúne 53%. Cerca de 30% dos empresários ouvidos, tanto os que iniciam negócio como aqueles já estabelecidos, recebem entre três e seis salários mínimos.

“Entre 2003 e 2011, 32 milhões de pessoas saíram das classes D/E para as classes C e A/B. Até 2014, mais 15 milhões podem seguir o mesmo caminho. E, consequentemente, a Nova Classe Média tornou-se a grande empreendedora de pequenos negócios e a principal consumidora de produtos e serviços oferecidos por esses mesmos pequenos negócios, que são 99% das empresas do país”, analisa Barretto. 

Outro dado do estudo evidencia que o empreendedor brasileiro trabalha sozinho e fatura até R$ 60 mil por ano. Quase 58% dos empresários no Brasil não atuam com funcionários. Entre os entrevistados, 19,1% empregam entre duas e cinco pessoas, enquanto 12,4% têm apenas um empregado. A pesquisa também indica que 64,7% dos empreendedores ganham até R$ 60 mil por ano. Quase 24,5% faturam mais de R$ 60 mil e até R$ 360 mil anualmente.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Nova Gerência da IAGRAM Visita Empreendimentos Incubados





          A Incubadora do Agronegócio de Mossoró - IAGRAM, teve mudanças em sua equipe gestora, o docente David Custódio de Sena, e o Administrador Ygo Biserra Pereira, ambos do quadro permanente de servidores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, assumiram respectivamente, a Coordenação Executiva e a Gerência Operacional da incubadora. A primeira ação realizada pela nova gestão, foi entrar em contato com os empreendimentos já em processo de incubação, objetivando verificar o nível de desenvolvimento dos mesmos, bem como identificar que tipo de relacionamento as mesmas esperam da incubadora.
              O consultor de empresas Walter Leite foi contratado através da parceria com o SEBRAE-RN, para acompanhar o Gerente Ygo Biserra Pereira em alguns empreendimentos incubados, no intuito de aproveitar esse primeiro contato, para também realizar um  Levantamento de Necessidades de Treinamentos e Consultoria - LNTC. Os primeiros empreendimentos visitados foram a Associação dos Aquicultores do Apodi - AQUAPO, e a empresa de Apicultura Puro Mel, algumas demandas surgiram e soluções já estão sendo providenciadas pela IAGRAM.
               A previsão inicial da equipe gestora é de que até o mês de agosto de 2013, cerca de 50% dos empreendimentos incubados já tenham sido visitados, o que contribuirá significativamente para o desenvolvimento dos mesmos, visto que além da apresentação da nova equipe, o levantamento LNTC continuará fazendo parte da metodologia adotada pela nova gestão.


terça-feira, 26 de março de 2013

Associação em Apodi aposta em derivados de tilápia


Com a abertura de um ponto de vendas, a expectativa dos aquicultores associados é comercializar cerca de 13 toneladas do pescado somente na Semana Santa.

Sandra Monteiro
Fred Veras
Associação passa a comercializar produtos beneficiados, como a linguiça de tilápia


Apodi - A criação de tilápias transformou o município de Apodi, distante 328 quilômetros de Natal, em referência na produção do pescado em cativeiro no Rio Grande do Norte. Mensalmente são produzidas cerca de seis toneladas do produto. Para expandir a produção e comercialização, a Associação de Aquicultores de Apodi (Aquapo) resolveu abrir um ponto de vendas na cidade. Os aquicultores apodienses, que contam com o apoio do Sebrae no Rio Grande do Norte, apostam na diversificação de produtos e na aproximação com o consumidor final. A expectativa é comercializar cerca de 13 toneladas de pescado somente para a Semana Santa.

Construído com recursos próprios da associação e inaugurado no sábado (23), o ponto de vendas, permitirá também que produtos beneficiados, como lingüiça, almôndegas e hambúrgueres de tilápia, passem a integrar o cardápio das famílias. Os produtos, fabricados após consultorias promovidas pelo Sebrae-RN, permitem um melhor aproveitamento e a agregação de valor ao pescado. “Tínhamos esse sonho, que agora se tornou realidade. Com o ponto de vendas, a população vai ter acesso mais fácil a nossos produtos, que estão sendo diversificados para tornar a tilápia mais atrativa e fazer com que todos ganhem no final”, comemora o presidente da Aquapo, Antônio Francisco de França



Fred Veras
Produção também inclui hamburguers do pescado


Atualmente com 25 associados e 55 tanques redes instalados, a Aquapo comercializa a produção, principalmente, junto a instituições públicas, como  Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (Emater), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e secretaria de educação do município, que incluiu desde 2010 a tilápia no cardápio da merenda em 14 escolas do município. “Com a inauguração da loja os criadores de peixe terão algo novo, que é o capital de giro obtido diariamente, uma novidade para a categoria. Isso é importante para estimular a participação de mais aquicultores no negócios”, observa o gerente de Agronegócios do Sebrae-RN, José Ronil.

Para o gestor de Piscicultura do Sebrae-RN, Renato Gouveia, a inauguração da loja para comercializar a tilápia beneficia diretamente o consumidor final e os aquicultores, dois atores importantes na cadeia produtiva da piscicultura local. “O Sebrae-RN apoia este projeto desde 2005, e instalação de uma loja para comercializar a tilápia é uma iniciativa muito oportuna. Ao mesmo tempo em que incentiva o consumo de peixe junto ao consumidor final, garante renda aos criadores que integram a associação”, destaca. As ações desenvolvidas junto à Aquapo fazem parte do Projeto Sebrae-RN no Território da Cidadania Sertão do Apodi.

Fonte: Sebrae notícias do RN

terça-feira, 19 de março de 2013

DESENVOLVIMENTO RURAL FIRMA PARCERIA COM UFERSA

O Subsecretário de Desenvolvimento Rural, Betinho Rosado Segundo, se reuniu na última segunda-feira (25), com o reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), José de Arimatéa de Matos, para apresentar a proposta do projeto Clínica Móvel que faz parte do Programa Municipal de apoio à cadeia Produtiva da caprinovinocultura (PROCAP) do Município, no intuito de firmar parceria e ampliar os serviços do setor.
De acordo com Betinho, o encontro foi bastante proveitoso e, se firmado o termo de cooperação, será um grande benefício pra o serviço da Clínica Móvel, que favorece diretamente o produtor rural.
Um dos objetivos da parceria é utilizar os serviços dos estudantes do curso de medicina veterinária da Ufersa na Clínica Móvel, garantindo mais eficiência no trabalho da Clínica. “É uma parceria que beneficia não só os produtores rurais como os próprios estudantes, pois eles terão, também, a oportunidade de realizar pesquisa”, afirma.
A proposta foi bem recebida pela Universidade. Para concretização do termo de cooperação a Prefeitura encaminhará um relatório com as demandas de serviços que serão avaliadas pela Ufersa.
Betinho acrescentou ainda que, em breve a Clínica Móvel estará ativa. “Estamos trabalhando para colocar a Clínica em serviço o mais rápido possível, pois sabemos da importância do serviço para o produtor rural”, frisa.

Por Portal PMM

Projeto beneficia apicultoras de comunidades rurais

O Sebrae em parceria com a prefeitura de Mossoró amplia ações do projeto Padre Huberto, beneficiando 250 mulheres apicultoras

Sandra Monteiro


ASN

Projeto Padre Huberto beneficiará 250 mulheres em Mossoró
Mossoró - Reconhecido por ser um alimento com elevado poder nutricional e rico em propriedades medicinais, o mel de abelha também se tornou em fonte auxiliar de renda para muitas famílias do Semiárido nordestino. É o que acontece no município de Mossoró, onde, por meio do Projeto Padre Huberto, a criação de abelhas sem ferrão, as meliponas, desempenha uma função social importante junto a grupos de mulheres de diversas comunidades rurais. Na busca por consolidar a ideia, parceria firmada entre o Sebrae no Rio Grande do Norte e a prefeitura do município expandirá as ações, estendendo o benefício a 250 mulheres. Atualmente, são 190 beneficiadas.

A ideia é fortalecer ainda mais o projeto, que além do papel social, desempenha a função de agente disseminador da tradição de produzir o mel de jandaíra, produzido pelas abelhas sem ferrão. A prática, antes do projeto Padre Huberto (2008), apresentava sinais de extinção. Com isso, cada nova comunidade inserida receberá a montagem do meliponário, com um total de dez colmeias.

“Esse projeto tem caráter coletivo muito significativo, com apelo social forte, pois garante uma ocupação e renda extra a mulheres do campo. Queremos fortalecer as ações por meio da parceria, expandindo as ações e a quantidade de beneficiadas”, frisou Lecy Gadelha, gestor do Projeto de Apicultura do Sebrae-RN, durante visita realizada ao Assentamento Novo Espinheirinho.

Além de alcançar novas comunidades rurais, a parceria vai garantir também capacitações e inserção de novas atividades que serão destinadas às mulheres do campo, como oficinas de artesanato ligado à atividade que desempenham. O secretário de Agricultura de Mossoró, Betinho Rosado Segundo, que também participou da visita ao assentamento, se mostrou estimulado diante dos resultados obtidos pelas mulheres do Assentamento Novo Espinheirinho, e garantiu benefícios.
“Este trabalho tem se mostrado muito importante para estas mulheres, que geralmente não têm outra atividade, nem fonte de renda, e temos todo o interesse em continuar estimulando este e outros projetos que melhore as condições de vida nas comunidades rurais”, assegura.

Experiência exitosa

Apesar da menor produtividade, se comparada à produção das abelhas italianas e africanizadas, o manejo fácil, pouco investimento e valor do produto no mercado servem de estímulo para que as mulheres beneficiadas continuem firmes no projeto e na preservação da colheita do mel de jandaíra.
Do Assentamento Novo Espinheirinho vem uma das experiências mais exitosas do projeto. Lá, nas duas safras anuais, as dez mulheres assistidas pelo projeto colhem até 10 litros de mel. A produção pequena, no entanto, se torna menos importante, quando comparada ao preço do litro do produto, comercializado a, no mínimo, R$ 50. Já das abelhas com ferrão a mesma quantidade do produto é vendida a um valor até quatro vezes menor.

ASN
Equipe do Sebrae visita o projeto
Noilda das Neves Patrocínio, agente comunitária de saúde, é uma das assistidas com o projeto. Com mais de quatro anos de criação das colméias de jandaíra, ela conta que possui clientela fiel. “Sempre as pessoas perguntam se tenho mel. O interesse é muito grande, porque o mel é medicinal. Estamos muito contentes em saber que o projeto vai ser ampliado. É mais gente que poderá participar e garantir um dinheirinho extra a cada colheita”, comemora. 
 
A inserção no Projeto Padre Huberto garante, além das caixas de madeira onde são instaladas as colméias, capacitação na parte teórica e prática, com atenção especial para o manejo. O especialista em melíponas e consultor do Sebrae-RN, Paulo Menezes, explica que, além de benefícios às mulheres, a conservação da prática ajuda, também, na manutenção da vegetação característica da caatinga. “Ao buscar na natureza as flores da vegetação típica da caatinga, a abelha realiza a polinização, e ajuda a preservar espécies como jurema, umburana, e tantas outras. Por mais este motivo é tão importante expandir e consolidar este projeto”, destaca.

Selo
 
Ainda dentro das ações a serem desenvolvidas em prol da meliponocultura, está prevista a criação do Selo de Inspeção Municipal (SIM), que certifica e atesta a qualidade do mel produzido pelas mulheres assistidas pelo Projeto Padre Huberto.
De acordo com o secretário de Agricultura, o projeto que trata da criação do selo já foi enviado à Câmara Municipal de Mossoró, e deverá ser aprovado nos próximos meses.“Nosso esforço é para que a atividade desenvolvida por essas mulheres seja fortalecida e ganhe o mercado. Deste modo, o selo de inspeção vai gerar benefícios para as produtoras e para os consumidores, pois terão atestada a qualidade do produto”, detalha.
A estiagem prolongada que atinge o Rio Grande do Norte desde o início do ano passado impede a florada das árvores típicas da região, principais fontes de pólen para as melíponas e afeta diretamente a produção de mel. Para driblar o problema e evitar a morte ou a fuga das colmeias, o Sebrae-RN desenvolveu, ao longo dos meses, um trabalho de orientação voltado para a produção de alimentação artificial dos insetos. O trabalho consiste em alimentar as abelhas com uma mistura produzida à base de açúcar, água e vitaminas.
“Desenvolvemos este trabalho não só nas comunidades ligadas às meliponas, mas junto a todos os grupos de apicultores atendidos pelo Sebrae-RN, e temos alcançado um bom resultado. Prova disso é que a produção, apesar de ter diminuído consideravelmente, não parou”, explica Lecy Gadelha.

O Produtor Rural e o Rio Grande do Norte Semiárido




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Por Portal SEBRAE-RN






terça-feira, 12 de março de 2013

Projeto TIC’s beneficia moradores do Alto São Manoel


O projeto de extensão universitária Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC’s –, desenvolvido pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, beneficia moradores do bairro Alto de São Manoel. É com o curso de introdução a informática, viabilizado por meio de parceria entre a Ufersa e a Associação de moradores do bairro mossoroense. A primeira turma, iniciada nessa segunda-feira, 11, são 30 participantes, a maioria pessoas com pouca ou nenhuma familiaridade com o computador.
O vice-coordenador do Projeto TIC’s, Giorgio Mendes, técnico da PROEC, adianta que a proposta é capacitar jovens das zonas urbana e rural com cursos de informática. Além das empresas incubadas pela Iagram e Ineagro. “Os cursos são inteiramente gratuitos e tem carga horária de 30 horas/aula”, frisa. O projeto é financiado pelo Ministério das Comunicações e os monitores são universitários da Ufersa, bolsistas do Projeto.
A intensão é ofertar três turmas. As aulas dessa primeira vão prosseguir até o dia 22 de março, sempre no horário das 7:30h às 10:30h, no Laboratório de Engenharia de Produção, localizado no Campus Leste da Ufersa Mossoró. “Essa parceria com a Ufersa prepara os jovens da nossa comunidade para o mercado de trabalho, sendo de grande importância”, considerou o presidente da Associação de Moradores do Alto de São Manoel, Clauro Maurício da Silva. As pessoas interessadas em participar do curso devem procurar a Associação de Moradores.
Trabalhando como auxiliar administrativo do Grupo Serttel, Isadora Cristiane Alves de Medeiros, decidiu fazer o curso em busca de aperfeiçoamento. “Há três anos fiz um curso, mas necessito de novos conhecimentos”, afirmou. Já Evânia Silva, de 48 anos, o curso veio suprir uma necessidade. “Não sei de quase nada, mas quero aprender”. Acompanhada da filha, Evânia trabalha no escritório de um curso teológico. “Achei essa parceria maravilhosa”, afirmou.
Na esperança de ascensão profissional, Vitor Gleydson Silva Freire, de 18 anos, decidiu participar do curso. “Trabalho com embalador num supermercado e espero novas oportunidades na área profissional”, afirmou Gleydson que é concluinte do ensino médio. O estudante nunca antes teve a oportunidade de fazer um curso de informática.
Ainda dentro da programação do Projeto TIC”s, Giorgio Mendes, informa que nos próximos meses estão previstas outras ações de informática básica, inclusive, na zona rural; curso de educação financeira para empreendedores e, um curso sobre a utilização das redes sociais voltado para a comercialização e marketing de produtos. “Em Apodi vamos levar curso de Excel avançado para os funcionários e gestores da Aquapo e Coopapi, empresas incubadas pela Iagram”, finaliza.

Por Portal UFERSA

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Projeto capacita moradores da zona rural a usar computador



Aos poucos a inclusão digital chega às comunidades rurais. Um exemplo é o trabalho de extensão universitária desenvolvido pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido no Distrito de Córrego e Sítios Reunidos, localizado na zona rural de Apodi. O trabalho é fruto do Projeto Uso de Ferramentas Tecnológicas e Comunicação para a Gestão e Comercialização Profissional dos Empreendimentos Incubados, financiado pelo Ministério das Comunicações, e realizado numa parceria com a Cooperativa Potiguar de Apicultores e Desenvolvimento Sustentável – COOPAPI.
“Aproveitando uma estrutura já existente no Córrego optamos por trazer o Projeto TIC’s para a comunidade”, afirmou o coordenador do Projeto, o professor Marcos Fernandes, explicando que o projeto tem como parceira a Incubadora do Agronegócio de Mossoró, a IAGRAM e, com a INEAGRO, em Angicos. O curso de informática básica acontece na sede do MIDEP – Modelo de Inclusão Digital para Empreendedores Produtivos, anteriormente chamado de Estação Digital. O espaço dispõe de 10 computadores que também é o número de participantes por turma.
“Aqui na comunidade do Córrego estamos atualmente com duas turmas, uma pela manhã e outra à tarde, mas a nossa proposta é trazer também, num segundo momento, o curso de informática avançada”, afirmou Giorgio Mendes Ribeiro, vice-coodenador do Projeto TIC’s. O novo curso terá como público os agricultores e familiares cooperados da COOPAPI. O curso básico tem carga horária de 30 horas, distribuídas em 10 dias. Os ministrantes são universitários da UFERSA que atuam como bolsistas do Projeto TIC’s.
O Distrito de Córrego está localizado a 10 quilômetros de Apodi e conta com cerca de mil habitantes, a maioria agricultores familiares que atuam na apicultura e no cultivo e no beneficiamento da castanha do caju. Com o projeto de inclusão digital, os moradores da comunidade têm a oportunidade de aprender e lidar com as novas tecnologias de comunicação e informação. A procura pelos cursos de informática acontece em todas as faixas etárias.
“Fico muito feliz ao ver meus cooperados no computador trabalhando ou simplesmente acessando a internet”, afirmou a presidente da COOPAPI, Fátima Torres. Segundo ela, as novas tecnologias possibilitam melhoria na gestão e na comercialização dos produtos da agricultura familiar.
Para os bolsistas do Projeto TIC’s, a oportunidade de atuar na zona rural é gratificante. “Além do aprendizado existe uma troca de conhecimentos”, resumiu Joseilda Emídio, estudante de Ciências Contábeis. Para a bolsista os alunos têm muita vontade em aprender o que facilita o trabalho. “Creio que esse curso chegou em momentos certo, pois são estudantes em fase escolar que vão precisar desses conhecimentos para iniciar a sua prática, inclusive, em sala de aula com a realização de trabalhos e pesquisas escolares”, considerou.
Levar o conhecimento de informática para moradores das comunidades rurais é o maior diferencial do Projeto. “São pessoas simples que querem aprender e oportunizar esse aprendizado já é muito gratificante”, opinou a bolsista também de Ciências Contábeis, Mariana da Rocha Filgueira. Dos 10 alunos da turma da manhã, apenas dois tem computador em casa. “A grande maioria não dispõe do computador, então, possibilitar essa inclusão digital é de grande importância pra nossa vida e, principalmente, para eles”, concluiu.
A turma é composta por crianças e adolescentes que aproveitam a oportunidade para se familiarizar com o computador. “Já tinha visto, mas nunca tinha mexido”, afirmou Thays Teixeira, de 9 anos e estudante do 4ª ano do ensino fundamental. A menina garante que já aprendeu muita coisa. “Desenhar, escrever e acessar a internet”, disse, acrescentando “acho que é bom para o meu futuro”.
O único homem da sala, Yago Souza da Silva, de 13 anos e que cursa o 7ª ano, tinha alguma noção que agora está aperfeiçoando no curso. “Está sendo muito bom, pois estou aprendendo outros recursos que não conhecia”, afirmou. Já para Luana Moraes Brilhante, também de 13 anos, tudo é novidade. “Não conhecia o funcionamento do computador e estou no curso para aprender e receber o certificado”, disse. Para Luana Brilhante, saber informática vai facilitar a entrada dela no mercado de trabalho. “Esse certificado lá na frente poderá servir muito”, acredita a adolescente.
Além de Apodi, o Projeto Uso de Ferramentas Tecnológicas e Comunicação vai acontecer em Mossoró, Serra do Mel, Janduis, Angicos, Fernando Pedroza. As ações vão prosseguir até o mês de setembro.

 

Por Portal UFERSA