A água é um elemento necessário a diversas
atividades humanas, além de constituir componente fundamental da paisagem e
meio ambiente este recurso de valor inestimável apresenta utilidades múltiplas.
A quantidade de água existente na natureza apesar de ser in finita, a sua
disponibilidade diminui gradativamente devido ao crescimento populacional, à
expansão das fronteiras agrícolas. Neste contexto surge à necessidade de
irrigar para aumentar a produtividade agrícola. No Brasil a necessidade de
irrigar emerge das mais variadas condições climáticas de clima, solo, cultura e
socioeconômica, resultando na impossibilidade de determinação do sistema de
irrigação ideal capaz de atender todas as condições técnicas e econômicas a
implantação do projeto agrícola.
O processo de decisão em realizar investimentos
de capital em projetos de irrigação deve abordar os aspectos que envolvem a
geração e a avaliação de alternativas que atendam às especificações técnicas
exigidas ao projeto. Depois de relacionadas às alternativas viáveis
tecnicamente, se analisam quais delas são atrativas econômico-financeiramente.
O fator econômico aplicado na
escolha do sistema de irrigação objetiva selecionar o projeto mais adequado em
termo de eficiência econômica, sendo esta mensurada na relação custo-benefício
do projeto ou máximo retorno econômico. De acordo com Silva apud Vilas Boas, et
al. (2011), “o custo da irrigação pode ser previsto por meio de uma avaliação
econômica, na qual se estimam todos os dispêndios e retornos anuais esperados
no projeto agrícola.”
A análise da viabilidade
econômica deve considera diversos indicadores para assegurada a inferência
sobre o resultado, neste contexto é aplicada em projetos de irrigação para
vislumbra a conjuntura da captação e aplicação de recursos financeiros na
aquisição de máquinas e equipamentos que possuem vida útil limitada à
depreciação provocada pelo desgaste natural ou obsolescência técnica.
A contabilização da depreciação
no estudo de viabilidade econômica aplicada a projetos de irrigação
constitui-se na reserva de capital necessária a manutenção e substituição
do sistema de irrigação de acordo com sua vida útil produtivas estimada. A
quantificação da reserva de capital necessária aos empreendimentos agrícolas é
resultante da política de investimento e grau de risco da atividade
empresarial, realizados através dos Métodos de Depreciação estabelecidos por
Vales (1998, p.27),: “Linear ou Costas Fixas, Método dos Saldos Decrescente ou
da Porcentagem Anual Constante, e Método da Soma dos Números ou Soma dos
Dígitos”.
O negligênciamento da depreciação
dos ativos fixos que é composto pelas máquinas e equipamentos que integram o
sistema de irrigação ocasionará a redução da produtividade das áreas irrigadas
devido ao aumento do número de manutenções corretivas e consequentemente
influenciará negativamente na qualidade final dos alimentos produzidos. A
depreciação do sistema de irrigação quando não mensurado na elaboração da
planilha de custo da atividade agrícola inicialmente apresentará uma margem de
lucro operacional superior a realidade, o quê ao longo dos ciclos de produção
acarretará em prejuízos, devido à necessidade de recorrer à capitação de
recursos de terceiros (financiamentos, empréstimos ou abertura do capital, isto
é, venda de ações) para investir na modernização e ampliação das áreas irrigadas.
De acordo com Bacha (2004, p. 66), “Custos financiamentos elevados não podem
ser repassados aos preços de produtos agrícolas...”
A depreciação dos ativos fixos
utilizados nas áreas irrigadas deve compor no plano de investimento do capital
empregado no agronegócio, pois possibilitar o dimensionamento dos recursos
necessários para a substituição dos ativos fixos depreciados. A depreciação
quando apurada nos ciclos de produção agrícolas possibilitam a concepção de
análises dos resultados econômicos que minimizar o risco nas tomadas de
decisões da atividade agroindustrial, pois demonstram com exatidão o Custo
Operacional de Produção.
REFERÊNCIAS
BACHA, Carlos José Caetano.
Economia e política agrícola no Brasil. São Paulo: Atlas, 2004.
VALES, S. M. Maciel.
Administração rural. 1988. Brasília: Universidade Brasília, 1998. v.2.
(Especialização tutoria à distância).
VILAS BOAS, R. C. ; PEREIRA, G.
M. ; REIS, R. P. ; LIMA JUNIOR, J. A. ; CONSONI, R. Viabilidade Econômica do
Uso do Sistema de Irrigação por Gotejamento na Cultura da Cebola. Ciênc.
agrotec., Lavras, v. 35, n. 4, p. 781-788, jul./ago., 2011 Disponível em
.
Acesso em: 30 set. 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário