Trabalhadoras rurais inovam com árvore de Natal de Saches de Mel
Na associação de Apicultores da Serra do Mel, a Apismel, as mulheres
estão trabalhando quase que exclusivamente para produzir artigos para as
festas de fim de ano. São sabonetes à base de mel em formatos que
remetem à data. Porém um adereço em especial está chamando atenção pela
beleza e originalidade.
Os saches de mel produzidos aqui, viraram matéria prima para árvores
natalinas. De acordo com Vilma Félix, a ideia surgiu a partir de um
treinamento realizado pela Incubadora Agroindustrial de Mossoró, a
Iagram. “Essa ideia vai ajudar a dar uma renda a mais neste final de
ano”, afirma.
Depois da capacitação elas passaram a vender a árvore em feiras e por
encomenda. Na Vila Ceará o grupo de 39 mulheres trabalhadoras rurais
produz as árvores que são comercializadas a partir de 25 reais. Para
incrementar e agregar ainda mais valor ao trabalho, elas utilizam a
criatividade e empregam a mesma técnica, porém com novas matérias
primas, como as balas de morango. Apenas cinco delas aprenderam a
técnica que hoje é repassada para as demais mulheres.
“Para a gente foi muito bom porque agregou ainda mais valor ao nosso
produto. E a gente espera vender bastante neste fim de ano, pois muitas
pessoas já estão procurando”, conta Antônia Marinho, presidente da
associação de mulheres da Vila Ceará. Somente este ano foram produzidas
86 toneladas de mel no município. Aproveitar essa fartura foi a maneira
encontrada pelos moradores para valorizar esse produto que vem ganhando
destaque nos últimos anos.
”Depois que a Apismel foi criada as coisas só tem melhorado para os
apicultores. Antes a gente não tinha nem como repassar o mel produzido. E
agora a gente consegue fabricar até outros produtos derivados do mel”,
conta José Hélio, presidente da Apismel.
Além de uma excelente e lucrativa fonte de renda, para as mulheres o
novo trabalho significa ter mais autonomia e ocupar o tempo ocioso com
uma atividade divertida. “É muito bom porque a gente passa o tempo,
além de dar um dinheirinho”. Diz Zuleide de Souza. Já Elinete Moreira,
que integra o grupo há cerca de um ano, acredita que o trabalho é uma
forma de garantir mais autonomia para o trabalho das mulheres. “Hoje a
gente tem trabalho e renda e isso é muito bom”, Elinete Moreira.
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