quinta-feira, 8 de março de 2012

Foco no mercado para o mel

A cadeia do mel tem pela frente uma passagem importante
 
Hoje 
 
Consumo medicinal
Vasilhame bruto
Canal informal
 
Futuro
 
Consumo gastronômico hotéis e restaurantes
Consumo gastronômico pessoas físicas
Consumo medicinal avançado (própolis)
 
Um dos pontos positivos é que a adesão nessa cadeia é muito forte, sendo os produtores totalmente apaixonados pelo produto. Contudo, para conseguir realizar essa transição os produtores terão que vencer 9 desafios.
 
1.Mel informal oferece alto risco ao consumo
2.Uso culinário ainda é pouco difundido
3.Falta de classificação de qualidade no produtor favorece o atacadista
4.Falta de capital de giro das cooperativas enfraquece a venda conjunta
5.Relação de poder na negociação com os supermercados
6.Logística para grandes centros e acesso a melhores preços
7.Fragmentação do mel para venda em merenda escolar e outros
8.Marcas e aparência do produto ao consumidor final (*)
9.Volume, padrão e freqüência
 
O fracionamento do mel é a porta de entrada para quase todas as opções de valor agregado, mas na maioria dos locais, isso ainda não esta resolvido. Assim persiste o mel informal, que incentiva o amadorismo e prejudica a saúde publica.
 
A COPA de 2014, que deve receber cerca de 300 mil turistas estrangeiros tem como grande legado, na verdade, a oportunidade de mudar o consumo interno (serão 6 milhões de turistas nacionais durante o evento). Temos oportunidade de transversalidade com o segmento de restaurantes, hotelaria, turismo, panificação e academias.
 
Outra porta que se abre é o setor da beleza, onde o mel é matéria prima procurada e promissora.
 
Mas vale dizer que não se faz comercialização sem dinheiro. O fracionamento é apenas o primeiro gargalo. Temos que pensar em embalagens, conteúdo, aparência do produto e exposição nos supermercados (onde estamos perdendo feio para os produtos a base de milho).
 
Mais importante que crescer em volume é crescer em valor agregado. Antes de fazer mais propagada, temos que organizar centrais de compra e redução de custo final ao consumidor. Antes de incentivarmos mais produtores a entrarem, temos que capacitar mais Mao de obra para os produtores existentes.
 
Enfim, a cadeia oferece diversas oportunidades, porem, também grandes desafios. Devemos destacar os casos de excelência que temos visto, com a exportação no Piauí, a produtividade no norte do MT, os produtos do ES, gestão de custos do Tocantins a organização institucional da Bahia e as soluções para fracionamento em SP. Os caminhos estão postos e o amadurecimento parece próximo.
 
Tudo leva a crer que o setor será um dos grandes destaques do agronegócio nos próximos anos.
 
Por Portal Dia de Campo
 

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