sexta-feira, 15 de junho de 2012

Na Expofruit 2012 pesquisadores alertam para importância das Abelhas

A importância das abelhas na produção de frutas é destaque no stand do Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do Norte – CETAPIS, que funciona nas dependências da Fazenda Experimental Rafael Fernandes, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Os trabalhos de pesquisas são coordenados pelo professor visitante, Lionel Segui, da UFERSA. No Centro são realizados trabalhos científicos específicos com abelhas. “A Universidade nos cedeu o espaço e montamos a nossa base de pesquisa, com o envolvimento de estudantes de graduação e pós-graduação da UFERSA”, informou o professor Lionel.
No stand o visitante vai encontrar as pesquisas desenvolvidas no CETAPIS. “Verificamos que no semiárido nordestino 50% das abelhas não retornam para ao apiário e verificamos que o motivo estava relacionado a temperatura ambiente: acima de 41 graus os insetos ficam muito estressados, então, desenvolvemos uma latada com palha de carnaúba para proteger os apiários”, explicou o professor Lionel, adiantando que esse trabalho de pesquisa prática é inédito no país.
As abelhas são responsáveis pela polinização de 70% das plantas que fornecem alimento e oxigênio. “A agricultura depende das abelhas uma vez que tem como função mais importante a polinização e, consequentemente, a produção de alimentos”, explicou o mestrando em Ciência Animal da UFERSA, Ulisses Madureira Maia, que desenvolve pesquisa voltada para a criação de abelhas e conservação de abelhas sem ferrão no semiárido, a jandaíra.
O desaparecimento das abelhas e as conseqüências para o agronegócio e para o homem é o tema da pesquisa desenvolvida pela mestranda da UFERSA, Daiana da Silva Seabra, tendo o professor Lionel Segui como orientador. Segundo Daiana Silva, os pesticidas a base de neonicotinóides, bastante utilizados na agricultura, provocam problemas na memória das abelhas. “Quando absorvidos pelas abelhas, esses pesticidas atuam nos insetos provocando uma desorientação, ou seja, as abelhas perdem o rumo não retornando para os apiários”, explicou a mestranda.
No stand do CETAPIS o visitante também vai conhecer o processo de produção de cera alveolada, desenvolvido no Centro Tecnológico de Apicultura. “O objetivo é reduzir em 50% o trabalho das abelhas”, explica Daiana Seabra. A cera bruta é transformada em cera moldada ou alveolada. As placas são depositadas nos apiários, otimizando o aumento da produção do mel.


Por Portal UFERSA

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