A
importância das abelhas na produção de frutas é destaque no stand do
Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do
Norte – CETAPIS, que funciona nas dependências da Fazenda Experimental
Rafael Fernandes, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Os
trabalhos de pesquisas são coordenados pelo professor visitante, Lionel
Segui, da UFERSA. No Centro são realizados trabalhos científicos
específicos com abelhas. “A Universidade nos cedeu o espaço e montamos a
nossa base de pesquisa, com o envolvimento de estudantes de graduação e
pós-graduação da UFERSA”, informou o professor Lionel.
No
stand o visitante vai encontrar as pesquisas desenvolvidas no CETAPIS.
“Verificamos que no semiárido nordestino 50% das abelhas não retornam
para ao apiário e verificamos que o motivo estava relacionado a
temperatura ambiente: acima de 41 graus os insetos ficam muito
estressados, então, desenvolvemos uma latada com palha de carnaúba para
proteger os apiários”, explicou o professor Lionel, adiantando que esse
trabalho de pesquisa prática é inédito no país.
As
abelhas são responsáveis pela polinização de 70% das plantas que
fornecem alimento e oxigênio. “A agricultura depende das abelhas uma vez
que tem como função mais importante a polinização e, consequentemente, a
produção de alimentos”, explicou o mestrando em Ciência Animal da
UFERSA, Ulisses Madureira Maia, que desenvolve pesquisa voltada para a
criação de abelhas e conservação de abelhas sem ferrão no semiárido, a
jandaíra.
O
desaparecimento das abelhas e as conseqüências para o agronegócio e
para o homem é o tema da pesquisa desenvolvida pela mestranda da UFERSA,
Daiana da Silva Seabra, tendo o professor Lionel Segui como orientador.
Segundo Daiana Silva, os pesticidas a base de neonicotinóides, bastante
utilizados na agricultura, provocam problemas na memória das abelhas.
“Quando absorvidos pelas abelhas, esses pesticidas atuam nos insetos
provocando uma desorientação, ou seja, as abelhas perdem o rumo não
retornando para os apiários”, explicou a mestranda.
No
stand do CETAPIS o visitante também vai conhecer o processo de produção
de cera alveolada, desenvolvido no Centro Tecnológico de Apicultura. “O
objetivo é reduzir em 50% o trabalho das abelhas”, explica Daiana
Seabra. A cera bruta é transformada em cera moldada ou alveolada. As
placas são depositadas nos apiários, otimizando o aumento da produção do
mel.
Por Portal UFERSA
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