Dois
projetos de extensão desenvolvidos pela Universidade Federal Rural do
Semi-Árido estão levando o conhecimento adquiridos pelos universitários
para as comunidades agrícolas assentadas na MAISA. Ao todo, são 20
estudantes distribuídos nos projetos PET Campo e PROEXT Agricultura
Família, coordenado pelas professoras Elisabete Stradiotto Siqueira e
Luciana Nepomuceno, respectivamente. Os estudantes são dos cursos de
Administração, Ciências Contábeis e Direito. Além do aprendizado
prático, os universitários são beneficiados com uma bolsa de R$ 360,00,
PET Campo e, de R$ 400,00, PROEXT Agricultura Familiar.
A
ideia é promover oficinas de capacitação com temas voltados para a
realidade dos assentados. “O trabalho acontece cinco comunidades – Poço
10, APAMA, Paulo Freire, Pomar e Real – beneficiando mais de 200
pessoas, entre agricultores e seus familiares”, a firma a professora
Elisabete Stradiotto. No planejamento contempla cinco oficinas Gestão
Ambiental, Marketing, Gestão Financeira, Gestão de Pessoas e Direitos
Humanos. “As duas primeiras já aconteceram com resultado bastante
positivo”, avalia a professora Elisabete.
O
trabalho, que vai prosseguir até o fim do ano, data do encerramento dos
projetos de extensão, acontece aos domingos. “É uma forma que
encontramos para fortalecer, com a prática, um campo de estudo nas áreas
do direito, contabilidade e da administração levando o saber da
universidade para as comunidades agrícolas”, justifica, possibilitando
ainda aproximar a academia das comunidades. Para a professora, outro
ponto importante é proporcionar aos universitários uma formação mais
humanística.
A
professora Luciana Nepomuceno também avalia o trabalho dos
universitários de forma positiva. Para ela, é uma oportunidade para
conhecere uma realidade diferente da vivenciada pelos estudantes. “Nos
assentamentos os universitários colocam em prática as ferramentas que
aprendem no curso, além de ser uma experiência muito positiva para as
comunidades que passam a ter acesso a informações sistematizadas e
organizadas sobre gestão de pequenos empreendimentos agrícolas”,
considerou.
Para
estudante do sexto período do curso de Administração, Águida Jéssica de
Freitas Dantas, a experiência no PET Campo está sendo proveitosa. “É a
melhor possível. Além de oportunizar conhecer outra realidade,
relacionar a teoria apreendida em sala de aula com a prática aprimora
ainda mais os nossos conhecimentos”, avaliou.
Para
a Águida, o curso de Administração tem a sua grade curricular voltada
para o espaço fechado das empresas e ao chegar aos assentamentos o
estudante constata que muita coisa vista em sala de aula se pode colocar
em prática para melhorar as condições de pequenos agricultores.
Já
a estudante também do curso de Administração, integrante do PROEXT,
Luzivânia Ferreira Moreira, o projeto veio complementar a sua formação
acadêmica. “Participar da extensão universitária era o que faltava no
meu currículo, tenho alguns artigos publicados, e essa experiência só
veio acrescentar na minha formação universitária”, considerou.
A
estudante ressalta a receptividade dos agricultores e de seus
familiares em assimilar novas informações. “É muito gratificante
repassar os nossos conhecimentos e perceber o interesse das pessoas em
aprofundar os temas debatidos”, frisou, se referindo a oficina sobre
meio ambiente que foi bastante participativa.
Por Portal UFERSA
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