sexta-feira, 29 de junho de 2012

Projetos levam conhecimento para assentados da MAISA

Dois projetos de extensão desenvolvidos pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido estão levando o conhecimento adquiridos pelos universitários para as comunidades agrícolas assentadas na MAISA. Ao todo, são 20 estudantes distribuídos nos projetos PET Campo e PROEXT Agricultura Família, coordenado pelas professoras Elisabete Stradiotto Siqueira e Luciana Nepomuceno, respectivamente. Os estudantes são dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Direito. Além do aprendizado prático, os universitários são beneficiados com uma bolsa de R$ 360,00, PET Campo e, de R$ 400,00, PROEXT Agricultura Familiar.
A ideia é promover oficinas de capacitação com temas voltados para a realidade dos assentados. “O trabalho acontece cinco comunidades – Poço 10, APAMA, Paulo Freire, Pomar e Real – beneficiando mais de 200 pessoas, entre agricultores e seus familiares”, a firma a professora Elisabete Stradiotto. No planejamento contempla cinco oficinas Gestão Ambiental, Marketing, Gestão Financeira, Gestão de Pessoas e Direitos Humanos. “As duas primeiras já aconteceram com resultado bastante positivo”, avalia a professora Elisabete.
O trabalho, que vai prosseguir até o fim do ano, data do encerramento dos projetos de extensão, acontece aos domingos. “É uma forma que encontramos para fortalecer, com a prática, um campo de estudo nas áreas do direito, contabilidade e da administração levando o saber da universidade para as comunidades agrícolas”, justifica, possibilitando ainda aproximar a academia das comunidades. Para a professora, outro ponto importante é proporcionar aos universitários uma formação mais humanística.
A professora Luciana Nepomuceno também avalia o trabalho dos universitários de forma positiva. Para ela, é uma oportunidade para conhecere uma realidade diferente da vivenciada pelos estudantes. “Nos assentamentos os universitários colocam em prática as ferramentas que aprendem no curso, além de ser uma experiência muito positiva para as comunidades que passam a ter acesso a informações sistematizadas e organizadas sobre gestão de pequenos empreendimentos agrícolas”, considerou.
Para estudante do sexto período do curso de Administração, Águida Jéssica de Freitas Dantas, a experiência no PET Campo está sendo proveitosa. “É a melhor possível. Além de oportunizar conhecer outra realidade, relacionar a teoria apreendida em sala de aula com a prática aprimora ainda mais os nossos conhecimentos”, avaliou.
Para a Águida, o curso de Administração tem a sua grade curricular voltada para o espaço fechado das empresas e ao chegar aos assentamentos o estudante constata que muita coisa vista em sala de aula se pode colocar em prática para melhorar as condições de pequenos agricultores.
Já a estudante também do curso de Administração, integrante do PROEXT, Luzivânia Ferreira Moreira, o projeto veio complementar a sua formação acadêmica. “Participar da extensão universitária era o que faltava no meu currículo, tenho alguns artigos publicados, e essa experiência só veio acrescentar na minha formação universitária”, considerou.
A estudante ressalta a receptividade dos agricultores e de seus familiares em assimilar novas informações. “É muito gratificante repassar os nossos conhecimentos e perceber o interesse das pessoas em aprofundar os temas debatidos”, frisou, se referindo a oficina sobre meio ambiente que foi bastante participativa.
                 
 
                     

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