sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Faturamento de uma rede no RN chega a R$ 60 milhões

São 26 redes de negócios atuando no RN e que, juntas, agregam 800 empresas. Mais de 40% dessas redes estão ligadas ao setor supermercadista.
Cleonildo Mello

ASN-RN
Supermecados somam 40% das redes no RN
 A proposta de reunir empresas do mesmo segmento para ganhar em competitividade e poder de compra começa a chegar também ao setor de serviços. Um grupo de oito empreendedores de Natal está se unindo para formar uma das primeiras redes de academias de ginásticas do Brasil. A iniciativa não é à toa. Dados do Sebrae-RN indicam que essa formação em rede proporcionar um crescimento médio de 100% em apenas três anos, podendo atingir até 200% no mesmo período variando conforme o segmento. O faturamento médio de uma rede no Rio Grande Norte chega a até R$ 60 milhões por ano.

“Há dez anos, pensava-se que apenas os supermercados poderiam ter uma junção em rede bem sucedida. Hoje, as redes permeiam todas as segmentações da cadeia produtiva e a tendência é que as empresas do setor de serviços também passem a se unir nesse sistema”, ressalta o gestor do projeto de Redes e Centrais de Negócios do Sebrae-RN, José Rangel de Araújo.

A priori, a principal vantagem da união é maior poder de compra, mas os benefícios vão além. “A formação em rede proporciona troca de conhecimento e experiência entre os participantes, amplia a cultura do associativismo e favorece o compartilhamento de alguns serviços, como assessoria jurídica e ações de marketing e publicidade. Assim um pequeno pode usufruir de estratégias normalmente adotadas por grandes corporações para se posicionar no mercado”, explica Rangel Araújo.

Atualmente, são 26 redes atuando em todo o Estado e que, juntas, agregam 800 empresas. Mais de 40% dessas redes estão ligadas ao ramo supermercadista, no entanto, há uma forte concentração também na área de materiais de construção, farmácias, móveis e eletrodomésticos, informática, provedores de internet, pet shop e petróleo e gás, essa última reunindo empresas prestadoras de serviços na cadeia produtiva do petróleo e gás natural.

ENCONTRO
Esse sistema de negócio se fortalece a cada ano. Até o fim de 2011, o Brasil passará de 840 para 1220 redes formadas em mais de 70 segmentos econômicos relacionados ao comércio, indústria, serviços e agronegócio. A informação vem do mapeamento feito pelo Sebrae e que será apresentado oficialmente no II Encontro Nacional de Redes e Centrais de Negócios. Promovido pelo Sebrae, o evento será realizado no Praiamar Hotel, em Natal, entre os dias 9 e 10 de novembro, reunindo empresários, fornecedores, representantes de Centrais de Negócios e colaboradores do Sebrae.

O encontro vai discutir as principais dificuldades enfrentadas pelos empreendedores ligados redes para se desenvolver. Uma delas está relacionada à gestão. Faltam profissionais capacitados para assumir cargos em empresas adeptas desse sistema. Outro problema reside na área de Tecnologia da Informação, falta de softwares específicos que auxiliem a comunicação e a gestão dos negócios. Entretanto, uma das temáticas mais aguardadas é na parte tributária e as discussões visam estabelecer um regime fiscal tributário das redes para evitar a bitributação. A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas no site http://centraldenegocios.rn.sebrae.com.br/.

A metodologia da Central de Negócios foi desenvolvida pelo Sebrae há dez anos e trata-se da união de micro e pequenas empresas de um mesmo segmento para comprar, vender ou promover campanhas de marketing em conjunto e, assim, aumentar seu poder de competitividade. Mesmo atuando de forma independente, as empresas podem se unir para comprar matéria-prima e, com isso, obter descontos junto aos fornecedores. Também podem se unir para conquistar mercado consumidor ou até mesmo para fazer campanhas publicitárias em comum.

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